domingo, 23 de fevereiro de 2025

Os seres vivos e o ciclo da matéria – decomposição da matéria orgânica.

 Hoje, na aula de Ciências Naturais, nós alunos do 8.º D, orientados pela professora Elisabete Carvalho, estivemos a tratar o tema da vermicompostagem. Procedemos à montagem de um vermicompostor. Esta atividade está integrada no tema: Ciclos da matéria, e pretende salientar o papel dos seres vivos detritívoros na decomposição da matéria orgânica.

 O que é a vermicompostagem?

• A vermicompostagem é o processo de transformar desperdícios orgânicos em composto de qualidade, com o auxílio de minhocas, principalmente da espécie Eisenia foetida (minhoca-vermelha-da-Califórnia) ou minhoca do estrume. Este método é uma excelente alternativa ecológica para reciclar restos de alimentos e outros materiais orgânicos, transformando-os em húmus, um composto orgânico rico em nutrientes que pode ser utilizado na agricultura e jardinagem.

Qual é a função das minhocas na decomposição da matéria?

As minhocas digerem, oxidam, mineralizam e transformam em húmus os materiais que atravessam o seu trato intestinal, produzindo o vermicomposto (húmus da minhoca), rico em nutrientes.

Vermicomposto ou Húmus da minhoca – é o adubo produzido a partir de restos de matéria orgânica (excremento) da própria minhoca que serve para nutrir e corrigir deficiências do solo.

Como fazer vermicompostagem? – Montagem do vermicompostor:

1º Numa caixa de plástico com furos na tampa e em baixo preparou-se uma cama, colocou-se uma camada de terra junto com matéria orgânica (palha, folhas). Esta caixa vai ser colocada no meio

2º Colocaram-se os resíduos orgânicos da cozinha ligeiramente apodrecidos (cascas de fruta, de legumes e vegetais, café, cascas de ovos triturados… Também se deve usar cartão rasgado entre estas camadas, para facilitar o arejamento e a drenagem.


                         
                            Figura 1 e 2 – As caixas, e a preparação da cama”
                                    

                                        Figura 3 – A adição de resíduos

3º • Colocaram-se as minhocas na camada preparada.

                                

                            Figura 4 – A Adição das minhocas

4º Acrescentou-se restos de alimentos (cascas de frutas, legumes, borras de café, cascas de ovo trituradas). Não devem ser colocados alimentos gordurosos, carne, lacticínios e cítricos em excesso.

           

5.ºEmpilhou-se as três caixas da seguinte forma: na base a caixa para a recolha do chorume

(líquido). Por cima desta, no meio, a caixa perfurada na base e na tampa, na qual foram colocadas as minhocas e os resíduos, e por acima, uma caixa apenas perfurada na base. Esta última ficou vazia e serve para a colonização por parte das minhocas quando o composto do meio estiver pronto.

Como no local havia uma planta invasora- austrália, aproveitamos para proceder à sua eliminação através do descasque. 





                     

6º E por fim deixamos o vermicompostor num lugar com terra, à sombra. O ambiente deve ser mantido húmido (mas não encharcado) e arejado. Deve-se adicionar resíduos orgânicos periodicamente (alimento para as minhocas) e misturar levemente os resíduos de tempos em tempos.

7.º Colheita do húmus: Após cerca de 2 a 3 meses, o húmus estará pronto para ser usado como fertilizante natural.

 

8.º Na caixa da base (apenas perfurada na tampa) recolhe-se o líquido resultante da decomposição que ocorre no vermicompostor. É um líquido escuro que se surge da decomposição dos resíduos orgânicos e da humidade natural do vermicompostor, sendo enriquecido pelos nutrientes e enzimas produzidos pelas minhocas e microrganismos usados no processo.

                  Figura 5 – O descasque da austrália (invasora)
                  

 Figura 6 -Montagem do vermicompostor ( debaixo de uma árvore) 

9.º Este líquido recolhido (chorume) é um excelente fertilizante para as plantas mas só pode ser usado após diluição

  1. Diluição: O chorume deve ser diluído em água antes de ser usado (normalmente 1 parte de chorume para 10 partes de água) para evitar a "queima" das plantas.
  2. Aplicação: Pode ser usado na rega das plantas ou como spray foliar para nutrir diretamente as folhas.

 

Trabalho realizado pela turma 8ºD

Notícia Maria Leite

Fotos: Angélica Sumo; Clara Correia; Inês Pereira; Rodrigo Rodrigues

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