Hoje, na aula de Ciências Naturais, nós alunos do 8.º D,
orientados pela professora Elisabete Carvalho, estivemos a tratar o tema da
vermicompostagem. Procedemos à montagem de um vermicompostor. Esta atividade
está integrada no tema: Ciclos da matéria, e pretende salientar o papel dos
seres vivos detritívoros na decomposição da matéria orgânica.
O que é a vermicompostagem?
• A vermicompostagem é o processo de transformar desperdícios
orgânicos em composto de qualidade, com o auxílio de minhocas, principalmente
da espécie Eisenia
foetida (minhoca-vermelha-da-Califórnia) ou minhoca do estrume. Este
método é uma excelente alternativa ecológica para reciclar restos de alimentos
e outros materiais orgânicos, transformando-os em húmus, um composto orgânico
rico em nutrientes que pode ser utilizado na agricultura e jardinagem.
• Qual é a
função das minhocas na decomposição da matéria?
As minhocas digerem, oxidam, mineralizam e transformam em húmus os
materiais que atravessam o seu trato intestinal, produzindo o vermicomposto
(húmus da minhoca), rico em nutrientes.
Vermicomposto ou Húmus da minhoca – é o adubo
produzido a partir de restos de matéria orgânica (excremento) da própria
minhoca que serve para nutrir e corrigir deficiências do solo.
•
Como fazer vermicompostagem? – Montagem do vermicompostor:
1º
Numa caixa de plástico com furos na tampa e em baixo preparou-se uma cama, colocou-se
uma camada de terra junto com matéria orgânica (palha, folhas). Esta caixa vai
ser colocada no meio
2º Colocaram-se os resíduos orgânicos da cozinha ligeiramente
apodrecidos (cascas de fruta, de legumes e vegetais, café, cascas de ovos
triturados… Também se deve usar cartão rasgado entre estas camadas, para
facilitar o arejamento e a drenagem.
Figura 1 e 2 – As caixas, e a preparação da cama”
Figura 3 – A adição de
resíduos
3º • Colocaram-se as minhocas na camada preparada.

Figura 4 – A Adição das minhocas
4º Acrescentou-se restos de alimentos (cascas de frutas, legumes,
borras de café, cascas de ovo trituradas). Não devem ser colocados alimentos
gordurosos, carne, lacticínios e cítricos em excesso.
5.ºEmpilhou-se as três caixas da
seguinte forma: na base a caixa para a recolha do chorume
(líquido). Por cima desta, no
meio, a caixa perfurada na base e na tampa, na qual foram colocadas as minhocas
e os resíduos, e por acima, uma caixa apenas perfurada na base. Esta última
ficou vazia e serve para a colonização por parte das minhocas quando o composto
do meio estiver pronto.
Como no local havia uma planta invasora- austrália,
aproveitamos para proceder à sua eliminação através do descasque.
6º E por fim deixamos o
vermicompostor num lugar com terra, à sombra. O ambiente deve ser mantido
húmido (mas não encharcado) e arejado. Deve-se adicionar resíduos orgânicos
periodicamente (alimento para as minhocas) e misturar levemente os resíduos de
tempos em tempos.
7.º Colheita do húmus: Após cerca de 2 a 3
meses, o húmus estará pronto para ser usado como fertilizante natural.
8.º Na caixa da base (apenas
perfurada na tampa) recolhe-se o líquido resultante da decomposição que ocorre
no vermicompostor. É um líquido escuro que se surge da decomposição dos
resíduos orgânicos e da humidade natural do vermicompostor, sendo enriquecido
pelos nutrientes e enzimas produzidos pelas minhocas e microrganismos usados no
processo.
Figura 5 – O descasque da austrália (invasora)
Figura 6 -Montagem do vermicompostor ( debaixo de uma árvore)
9.º Este líquido recolhido (chorume) é um excelente fertilizante para as plantas mas só pode ser usado após diluição
- Diluição: O chorume deve ser diluído em água antes de ser usado (normalmente 1 parte de chorume para 10 partes de água) para evitar a "queima" das plantas.
- Aplicação: Pode ser usado na rega das plantas ou como spray foliar para nutrir diretamente as folhas.
Trabalho realizado pela turma 8ºD
Notícia Maria Leite
Fotos: Angélica Sumo; Clara Correia; Inês Pereira; Rodrigo Rodrigues